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Itápolis, Sp, Brazil
“Eu nunca gostei da matemática, das contas. Contas são exatas e os números se bastam por si só. Não há dúvidas, não há erro. O que é certo é certo, o que não está certo, é errado. A matemática e suas exatidões me cansam. Eu prefiro o mistério das letras, a incerteza das palavras e a beleza das poesias. Palavras não se somam, se completam.”

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Havia um viúvo que morava com suas filhas curiosas e inteligentes. As meninas sempre faziam muitas perguntas. Algumas ele sabia responder, outras não. Como pretendia oferecer a elas a melhor educação, mandou as meninas passarem férias com um sábio que morava no alto de uma colina. O sábio sempre respondia todas as perguntas sem hesitar. Impacientes com o sábio, as meninas resolveram inventar uma pergunta que ele não saberia responder. Então, uma delas apareceu com uma linda borboleta azul que usaria para pregar uma peça no sábio. “O que você vai fazer?” – perguntou a irmã. “Vou esconder a borboleta em minhas mãos e perguntar se ela está viva ou morta. Se ele disser que ela está morta, vou abrir minhas mãos e deixá-la voar. Se ele disser que ela está viva, vou apertá-la e esmagá-la. E assim qualquer resposta que o sábio nos der estará errada!” As duas meninas foram então ao encontro do sábio, que estava meditando. Tenho aqui uma borboleta azul. Diga-me sábio, ela está viva ou morta? Calmamente o sábio sorriu e respondeu: Depende de você… Ela está em suas mãos

                                                                                                 Fernando Pessoa

Um comentário:

  1. Oi adorei seu blog, muito lindo seus textos, estou te seguindo, caso voce queira me visitar ou me seguir, o meu é
    http://dyely-oliveira.blogspot.com/
    bjO Flor

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